sexta-feira, 27 de junho de 2008

Grafitar também é fazer Ciência - Entrevista com Marcos Costa

Marcos Costa, 25 anos, natural de São Félix, interior da Bahia, é grafiteiro desde 1999. Estudante do décimo semestre de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia expõe através do grafitti nos bairros de Salvador a importância da identidade negra baiana e a necessidade de construção da cultura de paz na sociedade.

Por Mariana Sebastião e Priscila Machado

Hoje o que nós sabemos é que o grafitti é uma arte que reflete a realidade das ruas e expressa a opressão que a humanidade vive. Você como grafiteiro desde 1999, como pode nos conceituar o grafitti, qual a sua percepção dele?

Vou começar do início do meu trabalho até responder a sua pergunta. Eu já desenho desde criança. Sempre fui incentivado pelos meus pais, e aos 10 anos de idade, fiz minha primeira pichação. A primeira lata de spray que peguei, foi aos sete anos, um presente do meu pai. Quando eu tinha 10 anos, fui desafiado de forma positiva por alguns amigos na escola, que falaram “Nossa! Você desenha bem no caderno, quero ver se é bom na lata também!” Como eu não gosto muito de desafios (risos), aceitei e comecei a fazer a pichação durante cinco anos. Em 1998, quando eu já estava começando a fazer criação de camisas, pintando camisas com pincel e compressor, comecei a “curtir a onda”. Foi mais ou menos quando conheci o movimento hip-hop, em 1999, que tomei a decisão e decidi abolir a pichação e começar a fazer grafitti. Desde o início, quando o hip-hop chegou aqui em Salvador, existe realmente essa forma de protestar através do grafitti. O grafitti é um grito que as pessoas excluídas e os artistas de rua dão para toda a sociedade. Hoje em dia, com os meus quase 10 anos de grafitti, passei por diversas transformações, desde pintar com material improvisado, como tintas automotivas e de sapato, até hoje, com material importado, com muito esforço, com muita luta. O grafitti chegou a Salvador na década de 1990 embalado pelo hip hop. Hoje em dia podemos observá-lo em diversas vertentes. Tem o grafitti de protesto, o futurista, que gosta de desenhar pessoas voando, bicho misturado com gente, uma coisa meio antropofágica, tem o realista e o que na minha visão não é grafitti, mas está nas ruas que é o decorativo. É apenas para alegrar, não comunica, não critica, não protesta, mas existe. É importante falar que o grafitti é uma arte excluída, ainda é vista com maus olhos, mas pelo que era antes, já está bem melhor. Infelizmente está virando moda, mas de certa forma está sendo interessante porque está abrindo os olhos de muitas pessoas para essa questão. Agora precisamos começar a tratar de políticas ligadas a essa área. Por exemplo, existe uma lei ambiental que é muito velha, se eu não me engano é de 1995, que classifica o grafitti e a pichação como coisas iguais, não estabelece nenhuma separação com relação a elas duas, e proíbe ambas como pena de degradação ao patrimônio público, de poluição visual, como se tivesse comprometendo a ordem natural da sociedade. Mas como dizia Raul Seixas, “Quem não tem papel dá recado pelo muro”. O grafitti está na surpresa, está no anonimato. O grafitti é você surpreender o dono do muro com o seu trabalho. Ele pode até não gostar, mas vai ficar surpreso, porque não sabia o que ia acontecer.

Como foi despertada essa paixão pelo grafitti?

Eu vim do interior da Bahia, de São Félix, de uma família carente, com condições sociais baixas. Minha família sempre priorizou a questão de estudarmos, de fazer o que gostamos e nos desenvolvermos bem. Não fui o melhor filho do mundo nem um exemplo de cidadão, porque eu também pichei muito. Mas foi isso que me incentivou a fazer o grafitti. Quando eu decidi começar o grafitti, apaguei várias pichações que tinha feito na escola. Nessa época, a diretora conseguiu um projeto de pinturas para o colégio. Foi ótimo porque não fui apenas castigado, mas houve um outro viés. Por isso a escola também foi importante na construção desse meu trabalho. Eu tive sorte de estudar em escolas públicas me deram esse incentivo. Hoje fico muito alegre em passar isso a várias crianças em comunidades através de projetos como o “Caminhar”, o “Cidadão” e outros. Muitos deles não sabem desenhar e acabem pichando, então é bom mostra-los que existe um outro caminho em que isso não é necessário.

Nas suas produções, por que essa preocupação com os problemas sociais e com a afirmação dos valores da África?

É uma questão de identidade. Eu procuro sempre expressar o que sinto, o que penso, o que pesquiso. Quem está na rua não tem o costume nem o incentivo de freqüentar galerias, então nós grafiteiros fazemos arte na rua tornando-a uma galeria ao ar livre, proporcionando-a a diversas pessoas, independente da sua camada social. A questão de trabalhar a identidade da cultura africana é expressar certos conceitos que são fundamentais para o desenvolvimento das pessoas na contemporaneidade e voltar ao início. Quando eu falo de África, falo da minha família, por isso assino meu próprio nome, Marcos Costa. Não tenho pseudônimo. Só tinha na época da pichação. Com isso estou homenageando a minha família, respeitando os mais velhos. São valores que os mitos e a cultura africana construíram e eu aprovo totalmente por acreditar que eles são fundamentais para o desenvolvimento social. Então falar da África e dos seus valores é falar da origem do universo. Por isso eu procuro estar sempre contribuindo na auto-estima dos afro-descendentes, que é fundamental na formação do cidadão atual. Estou dando a minha contribuição artística, social, educativa, como ser humano.

Na sua atual produção, a AFROGRAFITTI, que está sendo exposta até o dia 18 de maio na Casa do Comércio, você buscou uma harmonia entre o grafitti e objetos artesanais feitos com o cipó e a palha, típicos da cultura baiana. O que você quer transmitir ao seu público a partir dela?

O AFROGRAFITTI é um trabalho que venho desenvolvendo, sobretudo pesquisando a técnica de aplicação do spray sobre a maior diversidade de materiais possíveis, sobre várias superfícies. Busco uma integração do meu grafitti de temática afro-brasileira com objetos artesanais que já foram manuseados por indígenas e negros e possuíam uma finalidade usual, dando a esses objetos uma nova possibilidade de uso, fazendo deles suporte para minha pintura. São esteiras, peneiras, mandalas de cipó caboclo e cipó de maracujá e os mujais, que são para uso em rios. Todos são ligados à nossa cultura baiana. O público está “curtindo” de verdade essa proposta porquê eu falo da identidade negra e também uso o suporte que tem a identidade negra baiana. Ao mesmo tempo, chamo atenção para a maior feira livre da América Latina, a Feira de São Joaquim. Todos os objetos que estão na exposição são encontrados lá, e as pessoas da sociedade não olham para eles como forma artística. São usuais, mas tem todo o trabalho de trançar cada palha, cada cipó daquele. Chamo atenção para todos esses detalhes, o objeto, a obra, a feira, que é uma forma de resistência da cultura negra e baiana por ter grande história. É uma grande conquista para aquelas famílias que se desenvolvem na feira e perpetuam a continuidade de ser feirante. Passam a profissão de pai para filho. É o segundo trabalho que eu faço ligado à feira de São Joaquim. O primeiro foi em 2004, que foi uma pesquisa da Universidade Coletiva, e abrangeu as áreas de artes visuais e música. Essa edição da AFROGRAFITTI é apenas a primeira. Virão outras. Vou diversificar. A temática estará sempre direcionada à África, vou modificar os formatos, tipos etc.

Conte-nos um pouco sobre o convite que recebeu do programa Fantástico para participar do quadro “Novos Olhares”:

Participei do quadro no ano passado. Ele tratava de respeito e afirmava valores verdadeiros da liberdade de expressão, valores do respeito mútuo, pautado em questões sobre o respeito, a diversidade da cultura de paz, o respeito aos elementos da natureza. Através da direção da Escola de Belas Artes, o Fantástico estava procurando artistas com esse perfil de trabalho e me indicaram. Eles vieram a Salvador, fizemos algumas gravações, saímos nas ruas, pintei alguns muros e eles fizeram uma entrevista comigo. A temática do quadro era “minorias e direitos civis”, então eles abordaram a questão do racismo e de como a minha arte contribui para a diminuição ou o combate a ele. A reportagem saiu em abril de 2007.

Por que utiliza o cachorrinho “Boca Preta” como sua identificação quando pinta em algum lugar?

Eu vejo características entre o cachorro e o grafiteiro. Todo lugar que o grafiteiro vai, deixa sua marca. Eu por exemplo, todo lugar que vou, levo a minha latinha na mochila para pintar. A mesma coisa é o cachorro. Ele sempre está demarcando o seu território, urinando aqui e ali e deixando sua marca. Eu tive um cachorro na minha infância que se chamava Boca Preta. Era vira-lata, bem malandro, mas protegia bastante a gente, estava sempre atento a todos os movimentos. Então resolvi adotar o nome Boca Preta, que era do meu cachorro. Meus pais quando souberam ficaram muito felizes. Ele está nas ruas, entra em algumas produções artísticas. Não é peça principal, mas é uma marca e traduz de verdade a identidade do grafiteiro.

Em todos esses anos, que experiências você colheu do mundo artístico?

Aprendi que o artista tem que estar sempre se desafiando. Se ele achar que sabe tudo, que já chegou ao ápice tem que morrer. Tem que estar sempre se investigando e se superando. Não é concorrendo, brigando com ninguém. Já passei por muita coisa na minha vida. Já vendi picolé, lanche na porta da escola. Minha família é muito humilde. Aprendi que tenho uma identidade e não posso ser contra ela, nem jogar contra ela. Devemos aproveitar as dificuldades que temos na vida para nos fortalecer e ajudar a outras pessoas a crescerem também. É fundamental as pessoas se ajudarem mutuamente. Acredito nisso, e graças a Deus está acontecendo, porque a identidade é fundamental.

Entrevista feita no dia 10 de maio de 2008

Seminário "Segurança, Educação e Tecnologias Sociais"

A Universidade Salvador e o Observatório Interdisciplinar de Segurança Pública do Território organizam o Seminário "Segurança, Educação e Tecnologias Sociais". O evento acontecerá nos dias 18 e 19 de setembro, no Instituto Anísio Teixeira das 8h às 18h, bairro da Paralela, Salvador - Bahia. O objetivo do seminário é a busca de soluções para a produção de prevenção contra o risco e dano social, visando a compreensão de determinados conceitos que compõem o que entende-se ser a segurança pública e os seus pressupostos.

A programação do evento prevê mesas redondas com temas variados, a exemplo de "Violência e vulnerabilidade social", "As marcas da violência na constituição da identidade dos jovens da periferia", "Tecnologias sociais", "Experiência do trabalho em comunidade" e outros. As inscrições podem ser feitas pessoalmente no Observatório de Segurança Pública da Bahia ou através do formulário enviado para seminarioospba2008@gmail.com. Para ouvintes vão de 01 de julho a 5 se setembro, e para comunicações científicas e pôsteres, de 01 de julho a 30 de agosto. Maiores informações no site do Seminário.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Simpósio "Educação, Diversidade Cultural e Tolerância"

Aconteceu nesta segunda-feira, dia 16 de junho, no Salão nobre da Reitoria da UFBA o simpósio "Educação, Diversidade Cultural e Tolerância", evento que integra a comemoração dos anos Darwin, 2008-2009. O simpósio foi promovido pela Fundação de Amparo à pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB -, pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação - SECTI - e pela UFBA.

Palestraram no evento professores do instituto de física e biologia da UFBA e integrantes da FAPESB, abordando temas como ciência e religião, a teoria da seleção natural de Charles Darwin, sociedade plural e inclusiva etc. O simpósio é uma das iniciativas que ocorrerão na cidade de Salvador em comemoração aos anos Darwin. Em 2008, a publicação da sua teoria da seleção natural completa 150 anos, e em 2009 a publicação "A origem das espécies" também completa 150 anos. Veja mais infomações no site da FAPESB.

sábado, 14 de junho de 2008

Pós-graduação Unicamp em Divulgação Científica e Cultural

A Unicamp inicia esse ano o Programa de Pós-graduação em Divulgação Científica e Cultural. O curso de mestrado foi aprovado pelo CTC/CAPES em reunião de 21 e 22/11/2006 e objetiva formar profissionais que produzam análises críticas e reflexivas dos objetos sobre C&T e como se dá a divulgação científica e cultural na sociedade. O objetivo principal é capacitar pesquisadores e jornalistas que estudem profundamente essa área, buscando sempre uma interconexão. As linhas de pesquisa são "Cultura Científica", para analisar as relações da sociedade com a ciência, "Cultura Literária", para analisar os estudos da produção cultural e literária, "Novas mídias de divulgação", para estudar a divulgação científica e cultural em mídias inovadoras e "Percepção pública da ciência", para estudar a percepção da sociedade sobre ciência e tecnologia. Para mais informações, consulte o site AQUI.

terça-feira, 10 de junho de 2008

'De olho na Educação' escreve sobre a experiência de uma adolescente no Programa de Iniciação Científica Júnior

O Boletim 'De olho na Educação' publicou no dia 06 de junho um texto sobre a experiência de uma adolescente no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior - PIBIC Jr. - e no Projeto Social de Educação e Divulgação Científica "Ciência, Arte e Magia" da UFBA. A entrevista foi feita pela jornalista Elisângela, do 'Todos pela Educação'. Confira:



Por Elisângela - 'Todos pela Educação'


O programa de Iniciação Científica Júnior (ICJ), desenvolvido pelo CNPq (Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico), tem despertado o interesse de alunos da Educação Básica pela pesquisa e pela ciência. A ex-aluna do colégio da Polícia Militar de Salvador, Mariana Rodrigues Sebastião, participou do projeto e descobriu a paixão pela pesquisa. Agora na universidade, a estudante continua atuando em projeto de incentivo à ciência.

O primeiro contato de Mariana com a pesquisa ocorreu em 2005, quando a estudante ainda no 1º ano do Ensino Médio foi convidada a participar do Projeto Social de Educação e Divulgação Científica Ciência, Arte & Magia, criado pela professora doutora Rejane Maria Lira da Silva, da Universidade Federal da Bahia - UFBA.

A estudante se destacou e foi indicada para participar do programa de Iniciação Científica Júnior do CNPq, no qual desenvolveu as pesquisas “A história do jornalismo impresso”, “Jornalismo ambiental: a informação como meio de conhecimento na preservação do Meio Ambiente” e “Comunicação e psicologia: Ciências descobrindo o comportamento humano”, esta última elaborada em conjunto com outra aluna do programa, Isabela De Albuquerque Oliveira Silva.

Mariana foi bolsista do ICJ entre julho de 2006 e agosto de 2007. Segundo ela, o programa ajudou a aprimorar a escrita e também ensinou como trabalhar com metodologias de pesquisas, fazer apresentações e possibilitou a sua participação em grupos de discussão. Atualmente, ela é aluna de jornalismo da UFBA e pretende ser pesquisadora.

Na graduação, agora como estagiária, a estudante continua no projeto Ciência, Arte e Magia e escreve para o “Jornal Pergaminho”, que traz informações sobre os trabalhos desenvolvidos pelos bolsistas. Mariana afirma que o programa de ICJ é muito importante, entretanto ela acredita ser necessário que as instituições de ensino façam uma ampla divulgação, pois são poucos alunos que conhecem o programa. “Ainda hoje, na graduação vejo que muitos alunos nunca ouviram falar de iniciação científica”, comenta a estudante.

Desde 2006, o Ciência, Arte & Magia desenvolve o Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, onde os jovens apresentam os resultados de suas pesquisas. Os trabalhos também foram publicados nos livros: “Laboratório do Mundo: o jovem e a ciência”, “O I Encontro de Jovens Cientistas da Bahia”, “A Ciência, A Arte e a Magia da Educação Científica”, entre outros. As obras podem ser baixadas pela internet no site do projeto.

Mais informações: Conheça o Jornal Pergaminho no blog: Pergaminho Científico

Site do projeto Ciência Arte e Magia: http://www.cienciaartemagia.ufba.br/

Leia também a matéria sobre o programa de Iniciação Científica Júnior: 30/04/2008 - Projeto desperta interesse dos estudantes pela ciência na seção Você Sabia.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Scielo - Biblioteca Científica Eletrônica


A Scielo é uma biblioteca Científica eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros. Faz parte de um projeto a ser desenvolvido pela FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - e da BIREME - América Latina e Caraíbas Centro de Informação em Ciências da Saúde - . Esse projeto prevê o desenvolvimento de uma metodologia comum para a disseminação e avaliação da produção científica em formato eletrônico. Atualmente apoiada também pelo CNPq, a Scielo oferece uma vasta pesquisa sobre assuntos científicos através de artigos científicos. Os interessados podem acessar o site da Biblioteca AQUI, e clicar na Scielo Brazil. Depois é só começar a pesquisar.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Seminário "Educação + Comunicação"


A Secretaria Estadual de Educação está realizando desde o dia 03 de junho, através do Instituto Anísio Teixeira - IAT -, o Seminário "Educação + Comunicação". O evento vai até o dia 13, de 8 às 18h. Os temas debatidos no seminário são "Comunicação, Política e Cidadania", "Mídia e Educação", "Televisão e Cultura no Brasil" e "TV Pública". A iniciativa faz parte da formação dos educadores da Rede Estadual que estão sendo selecionados para atuar no projeto especial TV Anísio Teixeira. Maiores informações no site do evento.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

UEPB sedia o 1º Encontro Nacional de Jornalismo Científico

A Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC) e a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) promovem o 1º Encontro Norte Nordeste de Jornalismo Científico, em Campina Grande (PB). O tema do evento é "Comunicação Pública da Ciência e Desenvolvimento Regional", e será realizado na UEPB de 26 a 29 de junho. O objetivo é discutir as contribuições do jornalismo científico para o desenvolvimento local.

O Encontro tem duas categorias, ouvinte e estudante, e o valor é R$ 30,00 para estudantes de graduação, R$ 50,00 para estudantes de pós-graduação e R$ 80,00 para profissionais, pesquisadores e professores universitários. Os trabalhos podem ser inscritos nas categorias Iniciação científica (para estudantes de graduação), Pesquisa e estudo em Jornalismo Científico ou Comunicação Pública da Ciência (para estudantes de pós-graduação, professores e pesquisadores) e Relatos de experiência profissional (para profissionais de empresas e assessorias de comunicação). Mais informações no site da ABJC.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Algumas Razões Para Ser um Cientista

O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas reuniu no livro "Algumas Razões para ser um Cientista" traduções dos depoimentos de alguns/algumas dos/das físicos/fisícas presentes no 40º aniversário do Centro Internacional de Física Teórica - ICTP - em 2005. O objetivo foi aproximar a sociedade do mundo científico, ressaltando que o trabalho dos cientistas não está fora da realidade, mas ao contrário, tenta explicá-la. Químicos/químicas e Matemáticos/matemáticas de todas as partes do mundo também escrevem no livro, contando as suas experiências, dificuldades, determinações e outras coisas que tiveram para chegar a ser um cientista. Com linguagem simples, o livro é direcionado para crianças e adolescentes que mostrem interesse pelo assunto. Pode ser adquirido gratuitamente pelo correio. Basta mandar um e-mail para mreis@cbpf.br com nome e endereço, solicitando um exemplar.

Ciência Hoje e Ciência Hoje das Crianças On-line

Publicada pelo Instituto Ciência Hoje e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Revista Ciência Hoje é uma excelente fonte de pesquisa para trabalhos científicos. Apesar de ser uma revista de caráter totalmente científico, tem linguagem simples e perfeitamente compreensível para o público não especializado em assuntos de ciências. O Instituto Ciência Hoje é uma organização sem fins lucrativos, vinculada à SBPC, e oferece um panorama completo da produção intelectual e tecnológica das universidades, centros de pesquisa e institutos do Brasil e do avanço científico internacional. È de caráter mensal e on-line, disponível no site CH On-line.


A Ciência Hoj
e tamm possui desde 1986 uma versão infantil, chamada Ciência Hoje das Crianças, que mostra que a ciência pode ser divertida e estar em todos os aspectos da vida. Com muitas ilustrações e experiências que podem ser realizadas pelas próprias crianças, a revista estimula a compreensão e aumenta o interesse das crianças pelos assuntos científicos. Hoje é distribuída para 107 mil escolas como material de apoio paradidático. Sua versão on-line está disponível no site CHC on-line. O Instituto Ciência Hoje possui outros tipos de publicações que não estão disponíveis on-line para pesquisa, mas podem ser adquiridos mediante compra dos mesmos. Maiores informações no site da revista.


segunda-feira, 2 de junho de 2008

Destaque do ano na Iniciação Científica


O CNPq inscreve até 15 de agosto para o Prêmio Destaque do ano na Iniciação Científica (IC). Trata-se de uma parceria com a Eletrobrás e com o British Council para incentivar bolsistas de iniciação científica do CNPq que se destacaram em 2007 pela qualidade do seu relatório final. Os vencedores receberão uma quantia equivalente a 12 meses de bolsa IC em dinheiro, além de bolsa de mestrado, passagem e hospedagem para a Reunião Anual da SBPC, em 2009 e visita a centros de excelência no Reino Unido. A premiação é concedida em sistemas alternados, e em 2008, a área premiada será Ciências Humanas e Letras e Artes. Os agraciados das outras áreas receberão assinaturas de revistas científicas especializadas.

Além da categoria Bolsista de Iniciação Científica, ainda há a categoria Mérito Institucional, na qual a instituição do PIBIC ( Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) agraciada receberá um troféu por apresentar o maior índice de egressos titulados na pós-graduação. As incrições para os bolsistas devem ser individuais e encaminhadas às Pró-Reitorias de Pesquisa e Pós-graduação ou órgão similar das instituições de ensino superior ou dos institutos de pesquisa até o dia 15 de agosto de 2008. Mais informações no site com link no título da postagem.

sábado, 31 de maio de 2008

Semana do Meio Ambiente - 1º a 8 de junho de 2008

Em Salvador acontece de 1º a 8 de junho a Semana do Meio Ambiente, organizada pela Superintendência de Meio Ambiente em parceria com a Secretaria de Educação e outros. A Semana é uma comemoração pelo Ano Internacional do Planeta Terra - 2008, estabelecido pela UNESCO, e pelo dia da Ecologia e do Meio Ambiente - 5 de junho. As atividades da Semana do Meio Ambiente terão início no dia 1º de junho no Farol da Barra, com a limpeza da praia do Porto da Barra, oficinas de reciclagem, teatro de bonecos, apresentações culturais, plantio de mudas nativas da Mata Atlântica e outras atividades.

Como uma das atividades, ocorrerá no dia 08 de junho, domingo, o encontro das Salas Verdes de Salvador, que apresentarão teatro de bonecos sobre a dengue e o meio ambiente e jogos de reciclagem. A Sala Verde Ciência, Arte & Magia da UFBA estará presente, e apresentará um dos teatros de fantoches para todos os presentes. A Superintendência de Parques e Jardins comemorará a semana no Jardim Botânico de Salvador, abrindo a instituição das 8 às 17 horas, e ministrando o Seminário de Capacitação Técnica: Gestão dos Resíduos Sólidos & Consumo Responsável, nos dias 09 e 10, no auditório do Jardim.

Outras atividades serão realizadas como aula de educação ambiental ao vivo na praia do Porto da Barra aos alunos das Escola Municipal Carlos Noverense. As Secretarias Municipais de Educação e Cultura abrirão inscrições para formação de professores na temática ambiental com as propostas: atlas ambiental infanto-juvenil para professores do Ensino Fundamental, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente; educação ambiental-teoria e prática, para professores dos centros municipais de educação infantil, também em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Educação Científica: Quanto mais cedo melhor


O membro titular da Academia Brasileira de Ciências e Conselheiro da SBPC, Dr. Isaac Roitman, deixa bastante explícito em seu livro 'Educação Científica: Quanto mais cedo melhor" a confiança na educação voltada para a ciência, a tecnologia e a inovação como uma solução para o problema brasileiro de educação. Pesquisador que sempre acreditou na capacidade dos jovens de produzir ciência, Dr. Isaac criou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior. Com essa atitude, incentivada em grande parte pelo seu dom de jovem cientista quando adolescente, provou que valoriza a produção científica jovem, e defende a idéia de que para fazer ciência não é necessário ser adulto, basta ter oportunidades.

Neste livro, Dr. Isaac Roitman faz um breve histórico da educação no mundo, e a aborda como prioridade. Traz um conceito de educação científica, fala desta no Brasil e discute sobre os projetos de educação e alfabetização científica do país, que transformam as crianças e adolescentes em jovens cientistas. O Projeto Social de Educação e Divulgação Científica da UFBA Ciência, Arte e Magia, também é citado no livro como uma das propostas de desenvolvimento científico no Brasil.

Faça AQUI o download desse livro e compartilhe essa maravilhosa visão da educação científica com um excelente profissional e cientista humano, Dr. Isaac Roitman.

Prêmio Jovem Cientista


O CNPq, a Fundação Roberto Marinho e a Gerdau estão promovendo mais uma edição do Prêmio Jovem Cientista. O tema desse ano é "Educação Para Reduzir as Desigualdades Sociais", e as inscrições vão até o dia 08 de agosto. A iniciativa do tema se justifica pelo Relatório do Desenvolvimento Humano de 2006 elaborado pela ONU, que apontou o Brasil como a 10ª nação mais desigual do mundo, entre outros pontos. É a partir daí que a educação é vista como solução de tais problemas, porque gera oportunidades e acesso ao mundo do trabalho.

O prêmio é dividido nas categorias "Estudante de Ensino Médio", "Graduado" e "Estudante de Ensino Superior". Na primeira opção, o trabalho deve ser um texto de três páginas em forma de redação, aprofundando um aspecto do tema geral proposto. Na segunda e terceira opções, o trabalho é em forma de artigo científico sem limite de páginas, e deve se ater a uma das seguintes vertentes: "mecanismos de inclusão social: tecnologia digital; educação empreendedora; acessibilidade e mobilidade social", "popularização da ciência, tecnologia e inovação", "o papel da educação na superação da violência" e "a educação como instrumento do antidesperdício de energia; energia como fator de segurança; conservação da energia elétrica (produção e consumo) fomentando a criação de empregos".

A premiação para os graduados são os valores de R$ 20,000.000, R$ 15,000.000 e R$10,000.000 para o 1º, 2º e 3º lugar, respectivamente. Para os estudantes de ensino superior os prêmios são os valores de R$ 10,000.000, R$8,500.000 e R$7.000,000 para o 1º, 2º e 3º lugar respectivamente. Para os estudantes de ensino médio, o 1º, 2º e 3º lugares ganharão computadores. O local de premiação ainda não foi definido. O regulamento está no site do prêmio, e o link está no título da postagem.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Semana Nacional de Ciência & Tecnologia 2008: Evolução e Diversidade

Se existe uma semana em que todos os pesquisadores, cientistas, comunicadores da ciência e outros estão ao mesmo tempo ocupados, seja orientando ou apresentando trabalhos, é certamente a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - SNCT - . Esta semana ocorre desde 2004, e o seu objetivo, entre outros, é mobilizar a população geral, principalmente os jovens e as crianças com atividades de Ciência e Tecnologia, valorizando a criatividade, a atividade científica e a inovação. Chama a atenção para o impacto e a relevânica das produções científicas para o desenvolvimento do Brasil.

A SNCT é repleta de atividades nas universidades e instutições de pesquisa - museus, fundações de amparo à pesquisa, empresas públicas, meios de comunicação etc. - a exemplo das feiras de ciências, cursos, oficinas, palestras e outras programações com temáticas variadas. Em 2008, ela ocorrerá de 20 a 26 de outubro, e o tema do ano é "Evolução e Diversidade". Ainda não estão cadastrados os eventos das instituições de pesquisa do Brasil, mas planos já começam a aparecer. Na UFBA, o Projeto de Educação Social e Divulgação Científica Ciência, Arte & Magia realizará na Faculdade de Medicina o II Encontro de Jovens Cientistas da Bahia. Outras informações estão disponíveis no site, com link no título da postagem.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência?




A SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - é uma sociedade científica formada por cientistas, técnicos, estudantes, amigos da ciência e pessoas dos mais diversos interesses. é uma entidade civil sem fins lucrativos, voltada principalmente para o avanço científico e tecnológico e para o desenvolvimento educacional e cultural do Brasil.

a SBPC organiza reuniões anuais com a participação de sociedades e associações das mais diversas áreas do conhecimento, além de estudantes e qualquer tipo de profissionais que debatem sobre temas ligados à Ciência e Tecnologia nacionais. Nessas reuniões, promove cursos destinados a familiarizar a sociedade com o trabalho científico e sua importância para o país.

A divulgação científica também faz parte da SBPC, que publica quinzenalmente o Jornal da Ciência JC. Além dele, a SBPC publica as revistas Ciência e Cultura, Ciência Hoje, Ciência Hoje para crianças e a revista Comciencia, além dos Cadernos da SBPC.

Todo ano a reunião da SBPC é realizada numa universidade. de 13 a 18 de julho de 2008 será realizada a 60ª reunião anual, na Universidade de Campinas, em São Paulo, com o tema Energia, Ambiente e Tecnologia. Professores e estudantes de graduação podem inscrever trabalhos para apresentação em comunicação oral. Estudantes de ensino médio podem se isncrever na 16ª SBPC Jovem, também em comunicação oral ou na Usina de Idéias, com a apresentação de experimentos. os participantes também podem se inscrever em minicursos e oficinas que ministrados no encontro, com temas das ciências humanas, sociais e exatas.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Bolsas, Bolsas e Bolsas

Na quarta-feira, dia 30 de abril, foi finalmente anunciado pelo ministro da Ciência & Tecnologia, Sérgio rezende, o aumento das bolsas de estudo fornecidas pelo CNPq/MCT para mestrado e doutorado. As bolsas tiveram reajuste de 27,6% e 29% respectivamente.

O anúncio foi proferido pelo ministro na comemoração dos 57 anos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O valor da bolsa de mestrado passou a ser R$ 1.200,00 e de doutorado R$ 1.800,00. O aumento foi previsto no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no lançamento da Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação 2007-2010, conhecido como PAC Ciência.

Já era tempo de um reajuste, afinal, o valor das bolsas ficou sem reparações por 10 anos. Mas há quem reclame, e com razão, das bolsas de pós-doutorado e da sua defasagem nesses últimos anos, com o valor de R$ 2.200,00. O pesquisador do Instituto de Física da UNICAMP, Thiago R. de Oliveira, não esconde a sua decepção: "Não entendo o porquê do esquecimento das bolsas de pós-doutorado!".

Ninguém respondeu ainda às reclamações dos estudantes de graduação e de Ensino Médio, principalmente, que também sentem dificuldades com o baixo valor das suas bolsas de Iniciação Científica de R$ 350,00 e R$ 100,00, respectivamente. A estudante do 8º semestre de Museologia da UFBA, Jacqueline Souza, diz: "O valor oferecido pelas instituições de Amparo à Pesquisa não são suficientes para custearmos todas as atividades de pesquisa, que incluem além das atividades de laboratório, a participação em congressos que são realizados quase sempre em outros estados e a compra de livros e aquisição de xerox".

domingo, 27 de abril de 2008

CNPq promove 28ª edição do prêmio José Reis de Divulgação Científica


O CNPq está promovendo a 28ª edição do prêmio José Reis de Divulgação Científica. É um prêmio destinado às iniciativas de tornar a Ciência e a Tecnologia (C&T) conhecidas do grande público. O prêmio é atribuído em três modalidades: "Jornalismo Científico"- para jornalistas profissionais especializados na divulgação da C&T - "Instituição" - para instituições ou veículos de comunicação que tornem os conhecimentos de C&T acessíveis ao público - e "Divulgação Científica" - para pesquisadores e escritores que publicam trabalhos em periódicos científicos para meios de comunicação de massa com linguagem acessível, difundindo conhecimento ao público não-especializado.


As inscrições estarão abertas até o dia 16 de maio, e estão disponíveis no site do CNPq. A premiação varia de acordo com a modalidade. Para "Jornalismo Científico", importância em dinheiro no valor de R$ 10.000,00, além de diploma, passagem aérea e hospedagem para participar da entrega do prêmio da 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). "Instituição", diploma e troféu, além de passagem aérea e hospedagem ao dirigente, par participar da entrega do prêmio na SBPC. "Divulgação Científica", importância em dinheiro no valor de R$ 10.000,00, além de passagem aérea e hospedagem para participar da premiação na SBPC.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia - Ano 2008


A Reunião Especializada em Ciência e Tecnologia (RECyT) do MERCOSUL, com o patrocínio do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Petróleo S.A. - Petrobrás, e com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO, do CNPq e do Movimento Brasil Competitivo está promovendo o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia - Ano 2008. o tema a ser tratado neste ano é "Biocombustível".

O prêmio está dividido nas categorias "Iniciação Científica", "Jovem Universitário", "Jovem Pesquisador" e "Integração". Os trabalhos sobre o tema deverão ser elaborados em português ou espanhol, os idiomas oficiais do MERCOSUL, e estar voltados para o MERCOSUL e seus interesses. O objetivo é contribuir para a integração dos países membros do bloco mediante os avanços científico-tecnológicos, além de incentivar a produção científica nos mesmos.

A premiação é em dinheiro e varia de acordo com a categoria. Na "Iniciação Científica" o prêmio é de US$ 2.000,00, "Jovem Universitário" de US$ 3.500,00, "Jovem Pesquisador" de US$ 5.000,00 e "Integração" de US$ 10.000,00. O envio dos trabalhos deverá ser feito até o dia quatro de agosto. Regulamento e informações adicionais no site www.unesco.org.br/premiomercosul.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

2ª Edição da FENACEB é realizada em Brasília





O Ministério da Educação em parceria com a Unesco realizou de 15 a 17 de abril a 2ª edição da Feira Nacional de Ciências da Educação Básica (FENACEB), em Brasília. O evento reuniu no centro de convenções Ulisses Guimarães trabalhos científicos realizados por crianças e adolescentes nas escolas da rede pública e centros de ciências de todo o Brasil. Cerca de 170 trabalhos foram apresentados em exposição ou experimentação, abordando temáticas diversas das ciências exatas, humanas e sociais. O objetivo é fomentar atividades de iniciação científica na educação básica visando o desenvolvimento e a elaboração de projetos, além de torná-los conhecidos pela sociedade. A 1ª Edição do evento aconteceu de 21 a 23 de novembro de 2006, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, reunindo 135 trabalhos.